O guache |
O Guache é uma mistura de aglutinante (goma arábica) com pigmento branco, que resulta numa tinta opaca de grande poder de cobertura. É constituído por pigmentos coloridos moídos em pó aglutinados com um pigmento plástico (medium) e pigmento branco opaco. A tinta se torna opaca pela adição de pigmentos inertes, com por exemplo gesso cré ou blanc fixe. Outrora era preparado tendo como ligante a goma arábica. Diferencia-se da aquarela pela sua qualidade opaca, as cores claras podem ser colocadas em cima de outras mais escuras, desde que já secas.
O guache dilui-se com água até ter mais ou menos a consistência do azeite. Aplica-se sobre papéis e cartões variados que devem ter algum “corpo” para não enfolarem, isto é, de alta gramatura. A qualidade do resultado final depende muito da qualidade dos guaches aplicados. Normalmente, e para pintar zonas de cor uniforme, só com guaches de alta qualidade é que se consegue um resultado perfeito. Os pincéis adequados para a pintura com guache são os mesmos da aquarela. Na Idade Média já se usavam guaches nas iluminuras. Muitos artistas o usaram desde aí até aos nossos dias. Existem habitualmente em tubos e também em pastilha. Embora o guache seja principalmente uma técnica de pintura é também usado muitas vezes para desenho e ilustrações ou trabalhar em conjunto com materiais variados de desenho. Guache é uma palavra que provem do Italiano “Guazzo” que quer dizer tinta de água. O termo foi originalmente cunhado no século XVIII na França, embora a técnica seja muito mais antiga, utilizada frequentemente no início do século XVI na Europa. |
Resumo |
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Silva, Arsênio da (1833 – 1883) |
Arsênio Cintra da Silva (Recife PE 1833 – Bahia 1883). Pintor, fotógrafo e professor de pintura. Estuda em Paris e Roma e introduz e divulga a técnica de pintura à guache no Brasil. Atua durante a década de 60 do século XIX, basicamente como retratista. Tem papel importante como precursor de uma visão fotográfica de cunho jornalístico, quando documenta os festejos do casamento da Princesa Isabel e do Conde d’Eu, a 15 de outubro de 1864, no Largo do Paço, no Rio de Janeiro. Essas fotografias pertencem a Dom Pedro II e estão conservadas na coleção Thereza Christina Maria da Biblioteca Nacional, na cidade do Rio de Janeiro. Título da Obra: Sem título (caravana), 1864 |
Algumas mostras de ‘guache’ |
Fontes: internet |
Gostei muito de suas explicações. Foram bastante instrutivas. Acredito que essas informações irão me ajudar a um dia poder executar este tipo de arte que admiro tanto. Obrigado.
Agradeço muito por divulgar meu trabalho nesse seu interessante texto sobre guache. Grande abraço.
Interessante. Gostaria de saber da possibilidade de usar o guache nanquim e colagem na capa de meu livro.