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Archive for setembro \22\-03:00 2009

Este é um “Texto Escolhido” por mim e que precisa ser colocado no peito, no fundo do coração. É um canto de cidadania, de incentivo à ordem e ao progresso, de amor a todos e a tudo de direito, de conquista e de escolha.

Michèle

Bandeira_brasil_estilizada

Estou velho.

Não gosto dos sem terra.  Dizem que isto é ser reacionário, mas não gosto de vê-los invadindo fazendas, parando estradas, ocupando linhas de trens, quebrando repartições públicas, tentando parar o lento progresso do Brasil.

Estou velho.

Não acredito em cotas para negros e índios. Dizem que sou racista. Mas para mim racista é quem julga negros e índios incapazes de competir com os brancos em pé de igualdade. Eu acho que a cor da pele não pode servir de pretexto para discriminar, mas também não devia ser fonte para privilégios imerecidos, provocando cenas ridículas de brancos querendo se passar por negros.

Estou muito velho.

Não quero ouvir mais notícias de pessoas morrendo de dengue. Tapo os ouvidos e fecho os olhos, mas continuo a ouvir e ver. Não quero saber de crianças sendo arrastadas em carros por bandidos, ou de uma menininha jogada pela janela em plena flor da idade. Ou de meninos esquartejados pelos pais por serem ‘levados’…

Meu coração não tem mais força para sentir emoções. Me sinto mais velho que o Oscar Niemeyer.

Ele, velho como é, ainda acredita em comunismo, coisa que deixou de existir.
Eu não acredito em nada.

Estou cansado de quererem me culpar por não ser pobre, por ter casa, carro, e outros bens, todos adquiridos com honestidade, por ser amado por minha mulher e filhos.

Nada mais me comove… Estou bem envelhecido
E acabo de cometer mais um erro! Descobri que ainda sou capaz de me comover e de me emocionar. O patriotismo de uma jovem de Joinville usando a letra do Hino Nacional para mostrar o seu amor pelo Brasil me comoveu.
Na cidade de Joinville houve um concurso de redação na rede municipal de ensino.

O título recomendado pela professora foi: ‘Dai pão a quem tem fome’. Incrível, mas o primeiro lugar foi conquistado por uma menina de apenas 14 anos de idade. E ela se inspirou exatamente na letra de nosso Hino Nacional para redigir um texto, que demonstra que os brasileiros verde amarelos precisam perceber o verdadeiro sentido de patriotismo. Leiam o que escreveu essa jovem. É uma demonstração pura de amor à Pátria e uma lição a tantos brasileiros que já não sabem mais o que é este sentimento cívico.

“Certa noite, ao entrar em minha sala de aula, vi num mapa-mundi, o nosso Brasil chorar. O que houve, meu Brasil brasileiro?

Perguntei-lhe!

E ele, espreguiçando-se em seu berço esplêndido, esparramado e verdejante sobre a América do Sul, respondeu chorando, com suas lágrimas amazônicas: Estou sofrendo. Vejam o que estão fazendo comigo…

Antes, os meus bosques tinham mais flores e meus seios mais amores.

Meu povo era heroico e os seus brados retumbantes. O sol da liberdade era mais fúlgido e brilhava no céu a todo instante.

Onde anda a liberdade, onde estão os braços fortes?

Eu era a Pátria amada, idolatrada. Havia paz no futuro e glórias no passado. Nenhum filho meu fugia à luta. Eu era a terra adorada e dos filhos deste solo era a mãe gentil.”

Eu era gigante pela própria natureza, que hoje devastam e queimam, sem nenhum homem de coragem que às margens plácidas de algum riachinho, tenha a coragem de gritar mais alto para libertar-me desses novos tiranos que ousam roubar o verde louro de minha flâmula.

Eu, não suportando as chorosas queixas do Brasil, fui para o jardim.

Era noite e pude ver a imagem do Cruzeiro que resplandece no lábaro que o nosso País ostenta estrelado. Pensei… Conseguiremos salvar esse País sem braços fortes? Pensei mais… Quem nos devolverá a grandeza que a Pátria nos traz?

Voltei à sala, mas encontrei o mapa silencioso e mudo, como uma criança dormindo em seu berço esplêndido.”

Brasil nome azul

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O Ipê amarelo

Michèle Christine

(em 16 de setembro de 2009)

Este ipê amarelo, eu o encontrei na calçada do meio da avenida.

Se você passa por lá com os olhos voltados para o chão, sem olhar o tempo, o redor, a vida… nem mesmo o vê. Entre outras árvores, rodeado por carros,  buzinas, postes e o burburinho de gente apressada que vai-e-vem, ele nasceu, cresceu e explode em flores anunciando a próxima estação.

Você até se esquece que ele existe lá… vivo… mas se você passa por ali com os olhos levantados para o céu de azul sem manchas, você sorri até sem perceber, você aquieta o passo, rodeia de mansinho para lá… para cá… esquece a buzina, os sons e as gentes, sua respiração se acelera e o seu coração se reconhece num flagrante de paixão! Flocos dourados brilhando ao sol e dançando no ritmo do vento de setembro… arauto da primavera, exuberante, ele desperta a alma e a sensibilidade e a manhã desse dia continua rotina, desta vez, feliz e alegre como coração de menina.

E assim eu divagava, enquanto clicava em fotos, esta divina obra da natureza: o ipê amarelo… encantador. Obra do Criador!

Michèle Christine

Em 16 de setembro de 2009

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“Para as rosas, escreveu alguém, o jardineiro é eterno.”

(Machado de Assis)

Capturando momentos de extrema beleza lá na Praça da Liberdade de minha cidade Belo Horizonte, na primeira semana deste setembro (2009).

Sol forte, céu azul e o colorido das rosas….
Pois que sejamos jardineiros da nossa casa, o PLANETA TERRA.

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“Os homens cultivam cinco mil rosas num mesmo jardim e não encontram o que procuram. E, no entanto, o que eles buscam poderia ser achado numa só rosa.”

(Antoine de Saint-Exupéry)

Belo Horizonte, 03 de setembro de 2009 – 09:15
par Michèle Christine

(se você quiser  ver a foto maior, clique em cima dela)

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“Desacorrentadas”

Martha Medeiros

O amor liberta? De certa forma, sim. Amar faz você desprender-se da razão, incorporar novos hábitos, expandir seus sentimentos, invadir recantos da sua alma nunca antes explorados. De fato, é bem poético e libertador amar.

Mas tem seus contratempos, lógico. A convivência entre duas pessoas nem sempre é um mar de calmaria, muitas concessões necessitam ser feitas, ou seja, alma gêmea não existe, é conversa pra boi dormir. Ainda assim, é melhor estar amando do que não estar amando. Ao menos até uma determinada idade.

Circulam por aí reportagens que enaltecem o amor aos 70, 80 anos, dizendo que nunca devemos encerrar as buscas, que o amor merece ser encontrado em qualquer etapa da vida. Merece, mas tenho ressalvas a fazer.

Se você alcançou uma certa longevidade e tem um parceiro bacana, mantenha-o, claro. Mas se você está sozinha da silva, já teve vários romances na vida e está em paz com a sua solidão, vai procurar sarna pra de coçar a troco do que?

Há duas mulheres famosas na faixa dos 60 anos que, depois de amarem muito, já manifestaram publicamente a sua desistência em seguir procurando companhia (ainda que eu intuía que esse desprendimento ainda vai lhes proporcionar novas surpresas amorosas). Mas enfim, são mulheres inteligentes e bem resolvidas, e essa postura de “largar de mão” me inspirou: pretendo seguir a mesma cartilha. Não que eu colecione desilusões, pelo contrário. Não tenho do que me queixar. Já vivi o lado zen e o lado tsunâmico do amor, e o saldo é de puro prazer e gratidão. Sou totalmente pró-amor, nem penso em aposentadoria agora. Mas o agora vai se transformar em depois, e dois é outra história.

Estou sem a menor pressa de que o tempo passe, mas vai passar e, quando eu chegar aos meus 60 e tantos, bem saudável, independente e mantendo o espírito da juventude (estão rindo do que?), pretendo curtir a vida mais do que já curto hoje. E não haverá problemas em estar sozinha, caso estiver. Quem tem amigos não se aperta. Ainda mais quando são amigos de diversas áreas, diversas idades, gente com a cabeça aberta, o humor tinindo, bem informados – existe turma melhor? Depois de uma noitada regada a ótimas conversas, você pega a sua bolsa e volta pra casa, pega seu livro, se esparrama na cama, e dorme até a hora que quiser, se for final de semana – e se não for, também.

Além de amigos, ter algum dinheiro, é importante, lamento ter que tocar neste assunto desagradável. É ele que possibilitará que você viaje, vá a shows, receba gente querida em sua casa, se presenteie com pequenos mimos. Sim, você pode fazer tudo isso com um parceiro ao lado, mas não na hora que você bem entender, e sem dar satisfações. Tudo terá que ser negociado. E será preciso abrir espaço na agenda para os amigos dele, a família dele, as carências dele, as doenças dele, as galinhagens dele. Será que maduríssima da silva, terei tempo e paciência para me dedicar tanto assim à manutenção de uma relação nova? Sem falar em continuar tendo que se preocupar com o próprio corpo, com as artimanhas da sedução, com o sexo. Ai, o sexo… Sentirei saudades.

Poético e libertador é pensar que nunca estarei sem ninguém, porque chega uma hora em que a gente decide que é alguém, e basta.

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