A ilha de Flores recebeu colonização portuguesa assim como a Indonésia também. Os portugueses chegaram em 1512, mas foram expulsos pelos holandeses. A chegada foi em Jakarta e depois seguiram para Flores e Timor.
Algumas palavras portuguesas como bangku (banco), gereja (igreja), passear (passear), meja (mesa), kapela (capela) entraram na língua indonésia. Em algumas cidades de Flores como Maumere, o vocabulário é mais extenso, como sandal (sandália), almari (armário), ose (você), kamija (camisa), e os dias da semana: tersa-fera, Kwarta-fera, kinta-fera, sesta-fera, sábado, domingo entre outras.
Esta ilha é fonte inesgotável de água e pelas montanhas as cachoeiras jorram água. Rios, pedras, campos de arroz, vilarejos… natureza rica e total.
Na ilha de Flores, localizada no arquipélago indonésio e situado, mais precisamente, no distrito de Ende (centro da ilha) está o vulcão Kelimutu. Nas suas crateras preservam-se verdadeiros fenômenos da natureza que são três lagos que mudam de cor regularmente e que se encontram separados por poucos metros uns dos outros por paredes de rocha.
O maior dentre eles é chamado de Tiwu Nua Muri Koo Fai (Lago dos Homens e das Mulheres Jovens) com 501mil m³ de capacidade e, atualmente, mostra uma cor azul turquesa. O menor lago é conhecido como Tiwu Ata Pólo (Lago Encantado) com 446 mil m³ de água cor de café com leite embora nos últimos cinquenta anos fosse vermelha. A oeste está o Tiwu Ata Mbupu (Lago dos Anciãos), com 245 mil m³ de água cor azul escuro e nem sempre teve esta cor, era esverdeado e foi mudando com o passar dos anos.
Especialistas continuam sem poder determinar a razão exata que proporciona as mudanças de cor, embora a maioria indique a atividade geológica no interior do vulcão Kelimutu como causa principal e, em seguida, conforme a época do ano e da concentração dos mineraisl nas águas dos três lagos (enxofre, bário, cobre e arsênico). As fumarolas subaquáticas que são as misturas de gases e vapores a altíssimas temperaturas e que surgem pelas gretas do vulcão são as responsáveis pelas tonalidades que colorem as águas à medida que injetam as novas e sequenciais combinações destes minerais. São a causa provável de ressurgência ativa que ocorre nos dois lagos orientais.
Os habitantes de Moni, o povoado mais próximo preferem explicações mais místicas e misteriosas. Segundo as lendas locais, quando alguém morre, seu espírito se dirige a Kelimutu para submergir em um dos três lagos, dependendo de sua “idade e caráter”. A alma primeiro atravessa “a porta do Perekonde”, situada à entrada do parque estabelecido nos arredores do vulcão, e que se encontra com Konde Ratu, o “Guardião dos lagos”, e depois submerge nas águas do lago correspondente a sua idade.
O lugar é venerado por habitantes na Ilha de Flores há séculos, mas o Ocidente não se deu conta deste fenômeno natural até ser presenciado e difundido pelo holandês Van Such Telen, em 1915.
A Indonésia pertence ao chamado Anel de Fogo do Oceano Pacífico, uma área de grande atividade geológica, e que acolhe 190 vulcões em atividade e também se destacam o Batur, Ranakah, Rinjani, Lewotobi, Egon, Sangeang Api, Inielika, Wawo Muda, Iliwerung , Leroboleng e Puluweh.
Este vulcão Kelimutu registrou sua última grande erupção em 1968 e permanece em atividade.
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Erupções do vulcão Kelimutu: 1968, 1938, 1865
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Estilo típico erupção: Explosivas
Monte Kelimutu (1.690 m de altitude) está situado em um parque nacional de mesmo nome e embora a Ilha de Flores tenha 350 km de comprimento, o parque em si é pequeno e está a 65 km de distância da cidade mais próxima, Ende e 83 km de Maumere.. É o menor entre os seis parques nacionais entre Bali e as Ilhas Nusatenggara com uma topografia variada entre ondulosa e montanhosa. Moni é a cidade mais próxima, situada no sopé do Monte Kelimutu. Esta pequena cidade é uma porta de entrada para os lagos de Kelimutu. A distância entre Moni e Flores é de aproximadamente 15 quilômetros. Pode-se ir em uma moto-táxi, carro ou transporte público até a área de estacionamento antes do cume do Monte das Kelimutu. Há ônibus para o Ende partindo de Maumere.
Este parque tem uma elevada biodiversidade e fornece habitat para dezenove espécies de aves endêmicas que se encontram ameaçadas de extinção devido ao encolhimento de seu próprio habitat como o pombo (Treron floris), a coruja (Otus silvicola), os pássaros (Rhinomyias oscillans), (Pachycephala nudigula ), (Pericrocotus lansbergei), (crassirostris Heleia), ( Monarcha sacerdotum), (Spizaetus floris) entre outros e também ratos, veados, porcos espinhos e a lendária algália asiática (onça).
As riquezas naturais do parque são complementadas pelo seu patrimônio cultural. Casas tradicionais, danças e tecelagem estão ainda em evidência entre os povos locais. A arte de produzir padrões altamente complexos em tecido de pano é muito interessante. Grande habilidade e imaginação estão envolvidas e o processo de produção é diferente de outros tecidos ikat¹ na Indonésia.
O parque é rodeado por florestas de pinheiros, casuarinas, muitas samambaias e madeira vermelha e tem uma flora muito rara que inclui as ‘edelweiss’. O arboterum consiste de 78 tipos de plantas de árvores que estão agrupadas em 36 famílias.
A melhor época para visitar esta beleza natural é em julho e agosto. Kelimutu é normalmente envolto por densa neblina. A sugestão dos guias locais é conhecê-lo logo pela manhã (por volta das três horas) ao nasce o sol quando a neblina se dissipa e a paisagem se torna encantadora. É o melhor ambiente para se observar a paisagem dos lagos de Kelimutu.
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Bacana.
Parabéns pelo texto!
Belíssimo lugar!!!
Incrível seu blog! Parabéns!
Obrigada Daniela. Fico feliz que tenha gostado do blog. É para isto que o criei, para divulgar as artes que gosto. Grande abraço e apareça sempre.
Matéria espetacular… muito lindo esse lugar! Digno de um passeio…