O pintor francês Louis-Marie de Schryver percorreu a zona central de Paris para pintar mulheres vendendo ou comprando flores, pois desde muito jovem encontrou este estilo de pintura que lhe garantiria um longo período de sucesso e o colocaria entre os melhores artistas da “Belle Époque”: cenas das ruas de Paris por volta de 1900, quando misturava à paisagem urbana da cidade descrições realistas de vendedoras de flores, varredores de ruas, cavalos, carruagens e pessoas elegantes.
Muito talentoso, filho de um jornalista, aos treze anos exibiu seus primeiros trabalhos no Salão de 1876. Depois de uma curta passagem pelo atelier de Philippe Rousseau (pintor de cenas de gênero e naturezas mortas), novamente apresentou-se no “Salon”, sem a tutela de um professor.
Aos 17 anos ganhou a medalha de bronze na “Wordl´s Fair de Sidney” e continuou a confiar nos trabalhos de natureza morta.
Em 1888, tornou-se membro da “Sociéte des Artistes Français” (Sociedade dos Artistas Franceses) e sua pintura começou a atrair muita atenção, não só por sua habilidade técnica, mas pela espontaneidade das cenas retratadas. Poucos anos depois passou a a frequentar o ateliê do pintor Gabriel Ferrier e na mesma época ganhou a medalha de ouro na Exposição Universal, constrói uma casa em Neuilly e deixa Paris.
Seu trabalho, então, também sofreu mudanças, ou seja, iniciou a pintura de retratos e a pintura fantasia –homens e mulheres elegantes em épocas passadas, vestidos a caráter – e a pintura de corridas de automóveis criando com Zwillet e Carolus Duran a seção de artes plásticas do Automóvel Clube de Paris. Estas últimas, em estilo impressionista com cores fortes e pinceladas rápidas, não tiveram boa acolhida no mercado.
Nos anos 20 integra-se a uma missão de observadores culturais pós-guerra e viaja para a Renânia (Rheinland) uma região do oeste da Alemanha. Retorna a Neully e numa de suas viagens a Paris, morre no dia 6 de dezembro de 1942, aos 80 anos.
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