Uma das coisas mais curiosas em Oslo, a capital da Noruega, é como, apesar do frio nórdico (ou justo por causa dele), o corpo recebe tanto destaque. As esculturas de nu chamam bastante atenção, e não por questões ligadas somente à estética da forma. É o Frognerparken, também conhecido como Vigelandsparken, o cenário mais prolífero a tais divagações.
O parque abriga dezenas de esculturas de Gustav Vigeland peculiares por mostrarem pessoas em cenas comuns. Devido a esse realismo, a exposição é informalmente chamada de “Condição Humana”.
Está localizado a 3 km do centro da cidade e cobre uma área de 320.000 m². É um local popular para exposições e atividades ao ar livre, como piquenique e banho de sol.
É constituído por 212 esculturas em bronze e granito da autoria do escultor Gustav Vigeland. Suas figuras em cobre representam homens, mulheres, crianças, velhos; com expressões de tristeza, alegria, medo, raiva, choque – representam, enfim, toda a variedade de tipos e de sentimentos humanos. Desnudados. Materializam inerências da existência humana, como o trabalho, a ira, a maternidade, o sexo, a fraternidade e etc.
Na entrada principal do parque existem quatro grandes portões, que dão acesso a uma ponte, um obelisco, uma fonte e um playground. Na saída principal existe a escultura de quatro velhos levantando uma criança, que segundo Vigeland, é um símbolo de eternidade.
O caráter humanista de Vigeland atinge seu ápice no obelisco de granito, com 20 metros de altura, localizado no centro do parque: são 121 figuras que concentram, em uma só obra, a sua visão da diversidade da vida. Nesta tal da era da informação, na qual tudo é por demais cartesiano, as esculturas de Vigeland nos volta para a importância do corpo, que em primeira instância é o que nos conecta ao mundo, a prova concreta de que estamos vivos.
Circundando este monólito estão 36 grupos em granito representando o ciclo da vida: um homem e uma mulher sentam-se face a face com uma pequena criança entre eles; crianças brincam, homens e mulheres jovens sonham e se abraçam, entre outras cenas.
Entre todas as estátuas, a mais emblemática, chamada menino com raiva, é a de maior interesse. Todos os visitantes querem uma foto do menino com raiva. Há quem diga que o modelo revoltou-se ao lhe forçarem ficar pelado.
Gustav Vigeland, o seu escultor, trabalhou nele entre 1907 e 1942, um verdadeiro museu ao ar livre.
Nasceu em 11 de Abril de 1869 e faleceu em 12 de Março de 1943 (73 anos) foi um escultor norueguês.
Filho de camponeses foi pobre, mas uma criança de grande talento e conseguiu benfeitores podendo, então, ter seu próprio ‘atelier’, viajar, fazer exposições. Teve grande influência do trabalho do escultor francês Auguste Rodin visto por ele nas visitas ao estúdio do artista em Paris o que o impactou profundamente. O relacionamento entre o homem e a mulher sempre foi um tema recorrente nas suas obras.
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