A Arte dos Vitrais
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Definição
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Vitral é um desenho elaborado com pedaços pequenos de vidro ou algum outro material semelhante (plástico, acrílico). Uma das características mais importantes dos vitrais é a variedade de cores.
Os vitrais podem ser encontrados em grande parte das igrejas católicas. Retratam cenas religiosas, principalmente, passagens da Bíblia Sagrada.
Durante a Idade Média, os europeus se destacaram na elaboração de vitrais feitos de pedaços de vidro.
Porém, foi durante o Império Bizantino que os vitrais ganharam em beleza e cores. As igrejas bizantinas eram repletas de lindos vitrais.
Atualmente este tipo de arte ainda é muito valorizado, principalmente pelos artesãos que a utilizam para dar beleza às suas obras de arte.
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O que representam os vitrais
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Os vitrais representam a expansão e consolidação definitiva da arte gótica em toda a Europa. São uma nova expressão artística, uma espécie de ‘pintura’ monumental, ao contrário dos vitrais românicos que tinham de se adaptar às estreitas frestas e janelas impostas pela arquitetura.
O vitral, além de belo, é funcional, pois através dele entra a luz. |
Origem
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A sua proveniência é traçada desde épocas bem mais remotas de várias partes do mundo, do outro lado do Mediterrâneo até ser identificado com o Mundo Medieval, ou seja, Ocidente Europeu, sobretudo Inglaterra, França e Alemanha, e constituindo uma forma de expressão plástica da arte religiosa cristã.
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O vidro
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Precisamos abordar a origem do vidro como material fabricado intencionalmente, uma vez que existe também vidro de origem natural, sobretudo em regiões sujeitas a intensa atividade vulcânica (em termos grosseiros, o vidro é obtido a partir de uma mistura de areia, sais e cinzas).
Pode-se considerar que tenha sido acidentalmente descoberto por oleiros mesopotâmios ou egípcios enquanto coziam as suas peças em barro. Os trabalhos que se conhecem de vidro fabricado por mãos humanas são contas de colar egípcias e já no primeiro século da era cristã, é que o uso de vidro nas janelas foi adotado pelos Romanos.
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Síntese da história dos vitrais
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O vitral nasceu na Idade Média, época em que segundo o Papa Leão XIII, o espírito do Evangelho penetrava todas as instituições.
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No mundo antigo o mais parecido foi o uso do alabastro, pedra translúcida rara e monocolor, mas escassa, cara e escura.
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Acresce que a arquitetura antiga não suportava grandes janelas.
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O vitral surgiu nos canteiros das abadias e catedrais góticas.
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Ele era uma Bíblia feita de luz que ensinava, mesmo ao analfabeto, as verdades da Fé, a História Sagrada e a história dos homens. Ele resumia todo o saber, era um espelho da vida, um apanhado do passado, do presente e do futuro.
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Os primeiros vitrais aparecem pelo século X junto com o estilo românico, maçudo e escuro. A bem dizer eram buracos no muro preenchidos com pedacinhos de cristais coloridos.
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O gótico liberou muros e permitiu imensos vitrais.
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As catedrais góticas sólidas e luminosas, sérias e alegres, preanunciavam o Paraíso e a vida eterna.
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Só a catedral de Metz, na França, tem hoje 6.496 m2 de vitrais.
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De início, os vitrais surgiram exclusivamente para as igrejas católicas, pois foram obra de eclesiásticos da Igreja Católica.
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Depois foram sendo adotados na vida civil, nos castelos e casas dos burgueses até chegar aos lares dos artesões e operários.
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A variedade das cenas, formas e cores ampliou-se muito. Afinal eles ficaram accessíveis para todo mundo.
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Os vitrais atraiam as pessoas para as catedrais, mas não só na Idade Média.
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Talvez o auge de atração seja o século XXI.
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Escolas públicas francesas levam as turmas a igrejas e catedrais para aulas sobre os vitrais.
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Guias profissionais conduzem visitas explicadas de alto nível. Há um renascer do interesse pela fabricação e utilização de vitrais, por exemplo, nas residências.
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Os vitrais da Catedral de Chartres
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Os famosos vitrais da catedral gótica de Chartres, na França, contêm um ensinamento magnífico: o espírito da Igreja é o espírito de Deus: sabe unir o prático ao belo. De tal maneira que, vendo-se uma obra de arte, nota-se que nela se utiliza o prático quase sem pensar nele, e admira-se o belo como se só ele existisse. O objetivo do prático é servir ao corpo do homem sem atrapalhar a alma; a finalidade do belo é encantar a alma e elevá-la até Deus.
Cada fragmento de um vitral desses constitui uma pedra preciosa. Função prática: iluminação. Função espiritual: apresentar a beleza; mas, na beleza, a verdade — a suma verdade, a Revelação divina que Nosso Senhor Jesus Cristo e o Espírito Santo trouxeram à Terra. |
Vitrais de Chartres
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Alguns vitrais da catedral. São 176 vitrais, doados à catedral no século XIII.
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Maravilhoso, belíssimos………
Isilda, obrigada pelo carinho da sua visita.
Abraço, Michèle
Linda colecção de vitrais! Apenas um pequeno reparo: o painel de vitrais da catedral de Colónia, não representa os reis magos, que eram apenas 3, mas sim os 4 evangelhos, e para comprovar basta ver que todos eles carregam livros, em analogia ás sagradas escrituras, que todos escreveram, e aos seus pés, cada um se faz acompanhar pelo simbolo do tetramorfo que o caracteriza.
Maria,
já está retificado. Na verdade eu queria colocar os dois detalhes, o detalhe dos vitrais e o detalhe segundo a tradição sobre os reis magos e acabei colocando somente um, o que deu uma interpretação errônea.
Agradeço muito a sua gentil reparação. Grande abraço, Michèle
Ótimo texto, ótimas figuras, você merece parabéns pelo seu trabalho!
Amanda, agradeço o carinho das suas palavras.
Michèle
Muito bom. Parabéns pela iluminação.
Maravilhoso… Me ajudou muito, nota 100 pra você, bjos ツ
Lindo trabalho. Obrigada por compartilhar! Um abraço,
A translucida arte dos vitrais, belos pela técnica e tristes em alguns momentos pelos contos.
Esse blog me dá um conforto visual muito grande… o bom gosto da autora é incontestável. Obrigado Michèle, trabalho incrível!