Centro histórico da cidade de Diamantina |
Diamantina, a cidade natal de Juscelino Kubitschek tem um belo Centro Histórico, com muitas construções preservadas — há dez anos, foi declarada Patrimônio da Humanidade pela Unesco. A cidade encontra-se no coração das montanhas rochosas da Região Sudeste do Brasil. Situa-se no estado de Minas Gerais, a 350 km de Belo Horizonte e 710 km de Brasília, estendendo-se ao longo de 150 m de altura na encosta de uma colina. O diamante e o ouro descobertos no século XVIII trouxeram riqueza à região do Alto Jequitinhonha, próxima à serra do Espinhaço. É deste período o casario colonial de traços portugueses da cidade. A formação do município está intrinsecamente ligada à exploração do ouro e do diamante. A ocupação inicial do território se deu com Jerônimo Gouvêa, que, seguindo o curso do Rio Jequitinhonha, encontrou, nas confluências do Rio Piruruca e Rio Grande, uma grande quantidade de ouro. Por volta de 1722, começou o surgimento do povoado, sempre seguindo as margens dos rios que eram garimpados. A partir de 1730, ainda com uma população flutuante, o Arraial do Tejuco foi se adensando. Por meio da expansão de pequenos arraiais ao longo dos cursos d’água em direção ao núcleo administrativo do Tejuco, foi se formando o conjunto urbano de Diamantina, tendo como primeiras vias a Rua do Burgalhau, Rua Espírito Santo e Beco das Beatas. A terra da região é composta quase que exclusivamente por rochas de quartzito e xisto, que acrescentam seu aspecto montanhoso e colorido. A cidade foi inspirada no modelo de cidades medievais portuguesas e desenvolveu-se respeitando a continuidade do primeiro assentamento. A área urbana do séc. XVIII cresceu sem perder a personalidade original.
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Como chegar |
Localizada a 300 quilômetros de Belo Horizonte e a 720 de Brasília, Diamantina é acessível pela BR-367, ligada à BR-259, que sai da BR-040 (BH-Brasília), na altura de Curvelo. As viações Pássaro Verde (www.passaroverde.com.br) e Gontijo (www.gontijo.com.br) possuem até oito saídas diárias de ônibus a partir de Belo Horizonte. |
Localizações |
Passadiço da GlóriaFoi construído na época do Brasil Colônia e está situado na Rua da Glória. O projeto arquitetônico liga dois casarões antigos, localizados em lados opostos da rua, por uma espécie de passarela coberta. Já abrigou o colégio das irmãs vicentinas e hoje é sede do Instituto de Geologia Eschwege, da UFMG. |
Mercado VelhoSurgiu em 1835 e recebia tropas e tropeiros que se encontravam ali após suas travessias. Hoje tornou-se um lugar de música ao vivo e comidas típicas, além da Feira de Artesanato e Produtos Rurais, realizada aos sábados pela manhã. |
Museu do Diamante(Casa do Padre José da Silva Rolim)Sobrado do século XVIII, foi confiscado pela Real Fazenda do primeiro proprietário, Padre José da Silva Rolim. Hoje é o Museu do Diamante. Entre os diversos objetos do acervo destacam-se: a arte sacra, indumentárias, pedras preciosas e semi preciosas, balanças de pesagem de ouro e diamante, além dos oratórios típicos da região. |
Biblioteca Pública Antonio Torres(Casa do Muxarabiê*)Seus traços arquitetônicos, têm referência à cultura árabe e no século XIX foi sede do Corpo de Polícia Militar de Minas Gerais. Em 1941, tornou-se parte do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Atualmente, a Biblioteca preserva documentos e registros valiosos. *Muxarabiê é: Balcão protegido, em toda altura da janela, por uma treliça de madeira, a fim de assegurar ventilação e sombra e, também, de poder olhar para o exterior sem ser observado. Testemunha da influência árabe na arquitetura ibérica, foi trazida pelos portugueses e marca algumas casas coloniais brasileira |
Casa do Intendente (Prefeitura Municipal)O prédio possui um fosso onde vendedores de diamantes eram mortos antes de receberem seu pagamento. Funcionou como Casa do Intendente até 1841. O local já abrigou a Escola Normal e a Câmara Municipal. Atualmente, a Prefeitura Municipal ocupa o casarão. |
Casa do ContratoA antiga Casa dos Contratos foi reformada em 1915 e atualmente é sede da Arquidiocese de Diamantina. Já foi residência do contratador de diamantes Felisberto Caldeira Brant, preso e enviado para Lisboa após ter todos os seus bens confiscados. |
Prédio do FórumSobrado do século XIX, onde já funcionou a Câmara Municipal e nos porões, a cadeia pública. |
Sobradinho do LaportNo século XIX, o proprietário José da Cunha Valle Laport realizava serenatas em noites de luar em seu sobrado. Laport era um pintor e flautista, e é lembrado por seus encontros que viraram tradição nas noites de Diamantina. |
Chafariz do RosárioPrimeiro chafariz público de Diamantina, sua construção data de 1787. E está localizado ao lado da Igreja do Rosário. Chafariz da CâmaraFoi o terceiro chafariz construído na cidade do século XIX. Teatro Santa IzabelA antiga cadeia funcionava onde hoje está localizado o Centro Cultural, hoje com uma boa infraestrutura para as exibições culturais. Asilo do Pão de Santo AntônioConstrução simples, constituída por um pouco mais de 10 pavilhões e uma capela ao centro. Em 1902, preocupados em abrigar os idosos pobres, José Augusto Neves, com o apoio de Willian G. Mayer, iniciaram as obras. Dentro do asilo, está o Museu da Memória do Pão de Santo Antônio – um museu da imprensa, onde estão expostos antigos equipamentos gráficos utilizados para a impressão do jornal da cidade, entre outros objetos. |
Arquitetura de Oscar NiemeyerJuscelino Kubitschek, enquanto Governador de Minas, investiu em obras de Oscar Niemeyer: duas construções destacam-se das demais: o prédio do Hotel Tijuco (foto abaixo) e o da Escola Estadual Júlia Kubitschek. |
Praça da UnescoHomenagem do povo diamantinense à Unesco, que deu à cidade, em 1999, o título de Patrimônio da Humanidade. O painel de azulejos é um trabalho da artista plástica Yara Tupinambá. |
Caminho dos EscravosAnimais e tropeiros, além dos diamantes encontrados no garimpo, passavam pela trilha que ligava o velho Tijuco ao Distrito de Mendanha. No início do século XIX, o Intendente Câmara começou as obras de calçamento realizadas pelos escravos. |
Cruzeiro da SerraO Cruzeiro tem 5 metros de altura e é feito de cimento armado. Está localizado no alto da Serra do Rio Grande, de onde se avista toda Diamantina. Parque Estadual do BiribiriInserido no complexo da Serra do Espinhaço, abriga uma fábrica de tecidos fundada em 1876. O parque abriga também as cachoeiras da cidade Sentinela e dos Cristais localizadas em áreas de formação rochosa com prainhas e poços para banho. Curralinho (Distrito de Extração)Um povoado que surgiu devido à exploração do diamante na região. O nome Extração se deve ao trabalho da companhia de mineração da Coroa Portuguesa, a Real Extração. |
Gruta do SalitreLocalizada a 7 Km de Diamantina é formada por rochas quartzíticas, possui diversas galerias e quatro salões. O formato das rochas lembra um castelo medieval ou uma catedral gótica. O local foi cenário de novelas e do filme Chica da Silva. |
Basílica do Sagrado Coração de JesusA construção teve início em 1884, sendo concluída em 1889. Seus vitrais, que foram trazidos da França no século XIX, são do estilo neogótico. Eles representam os quinze mistérios do Rosário de Maria. O décimo sexto é a representação da aparição do Coração de Jesus à Santa Margarida Maria. |
Catedral MetropolitanaConstruída em 1940, a Catedral de Santo Antônio está incluída no acervo paisagístico da cidade tombado pelo IEPHA e Patrimônio Mundial. |
Capela da Santa Casa de CaridadeConstruída para evocar Nossa Senhora da Saúde, período colonial. Capela Senhor do BonfimConstruída por volta de 1771 por militares conforme tem uma torre na fachada e um interior com taipas douradas e pinturas no teto da capela mor de autoria provável de um discípulo do guarda mor José Soares de Araújo. Igreja Nossa Senhora do CarmoConstruída entre 1760 e 1766 a mando do contratador de diamantes João Fernandes de Oliveira, amante de Chica da Silva. A igreja tem a curiosidade de possuir a sua torre nos fundos da edificação; segundo a crença popular, uma exigência feita por Chica da Silva para que as badaladas dos sinos não a incomodassem em sua casa, que ficava próxima à igreja. |
Igreja de Nossa Senhora do AmparoConstruída em 1756. Inclui três retábulos bastante requintados e pinturas de Silvestre de Almeida Lopes. Possui grandioso e belíssimo presépio em miniatura. |
Igreja de São FranciscoConstruída a partir de 1776 e concluída em 1782. De estilo barroco, as pinturas do forro da capela mor, de autoria de José Soares de Araújo, e da sacristia, de Silvestre de Almeida Lopes, principal pintor da região no período rococó. É a única igreja em Diamantina que tem relógio de torre. |
Igreja do RosárioConstruída em 1731 pelos negros escravos. É a igreja mais antiga da cidade. A pintura da capela mor é de autoria de José Soares de Araújo; as imagens, em sua maioria, são de santos negros. |
Igreja da LuzConstruída nos primeiros anos do século XIX por iniciativa de Dona Tereza de Jesus Perpétuo, da corte real, em cumprimento de promessa feita por ter se salvado do terremoto de 1775 em Lisboa. |
Igreja das MercêsConstruída entre 1772 e 1785. |
Casa da Chica da Silva¹O belo casarão da escrava que virou senhora possui características típicas das grandes construções coloniais. Abriga hoje a sede do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Endereço: Praça Lobo de Mesquita, nº 266, Diamantina /MG A Casa Chica da Silva está entre os mais interessantes exemplares de edificação residencial do período colonial mineiro, e sua história é vinculada à própria história do Arraial do Tijuco na fase da mineração do diamante. É de propriedade do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN – adquirido em 1984, tendo sido tombado em 1950. A casa foi residência do desembargador João Fernandes de Oliveira (1720 – 1779), que nela viveu com a escrava Chica da Silva, provavelmente entre os anos de 1755 a 1770, quando era responsável pelos negócios de exploração diamantífera no antigo Arraial do Tijuco. Aberta à visitação pública, mostra uma exposição de informações históricas sobre a casa, sobre a escrava Chica da Silva e o desembargador João Fernandes de Oliveira. [http://portal.iphan.gov.br] |
¹Quem foi chica
Francisca da Silva de Oliveira, (Chica da Silva) foi uma escrava, depois alforriada, que viveu no Arraial do Tijuco, atual Diamantina, Minas Gerais, durante a segunda metade do século XVIII. Manteve durante mais de quinze anos uma união consensual estável com o rico contratador dos diamantes João Fernandes de Oliveiratendo com ele treze filhos. O fato de uma escrava alforriada ter atingido posição de destaque na sociedade local durante o apogeu da exploração de diamantes deu origem a diversos mitos. O casal Chica da Silva e João Fernandes teve 13 filhos durante os quinze anos em que conviveu: Francisca de Paula (1755); João Fernandes (1756); Rita (1757); Joaquim (1759); Antonio Caetano (1761); Ana (1762); Helena (1763); Luiza (1764); Antônia (1765); Maria (1766); Quitéria Rita (1767); Mariana (1769); José Agostinho Fernandes (1770). Todos foram registrados no batismo como sendo filhos de João Fernandes, incomum na época quando os filhos bastardos de homens brancos e escravas eram registrados sem o nome do pai. |
Casa de JuscelinoResidência de Juscelino Kubitschek dos 3 anos de idade até sua mudança para Belo Horizonte. Localizada na Rua São Francisco, contém a história desse filho ilustre de Diamantina e homem de importância na trajetória do Brasil. A casa simples onde o ex-presidente do Brasil passou a infância foi transformada em museu. Os cômodos abrigam biblioteca, objetos pessoais, fotos e os violões usados pelo político para participar das serestas. · Endereço:R. São Francisco, 241 · Tel:(38) 3531-3607 [Editoria Férias Brasil] |
Memória |
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Curiosidades |
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A natureza local e arredores |
Fontes: internet e pessoais |
FANTÁSTICO, AMEI REVER DIAMANTINA E SUAS MARAVILHOSAS CACHOEIRAS ATRAVÉS DO SEU BLOG. VOCE COMO SEMPRE ESMERA
EM TUDO QUE FAZ.
Meu pai (Fábio Wilson Neves) nasceu nesta cidade, precisamente na casa imediatamente ao lado da casa onde viveu JK. Este lugar, para mim, é muito mais que uma cidade, mas o início de uma caminhada que, no seu final, espero poder me levar de volta ao meu pai.
MG é mesmo incrível com suas histórias em cada canto.
Apenas uma observação: a união de Chica com o contratador não se tratou apenas de uma “união consensual estável” de uma negra alforriada com posição de destaque na sociedade local, na época.
Foi uma Linda história de amor.