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Archive for novembro \30\-03:00 2012

MarthMedeiros_Sem querer interromper

SEM QUERER INTERROMPER

Martha Medeiros

 

Não é um defeito que mereça entrar no rol dos crimes hediondos, mas é bem chato: pessoas que falam em cima da fala da gente. Ainda nem terminamos a frase, e o nosso interlocutor já está falando junto, numa demonstração clara de que não importa o que estamos dizendo, ele próprio tem algo mais importante a dizer.

Pode parecer uma crítica, mas é, na verdade, uma autocrítica: entre essas pessoas, estou eu mesma. Minha família é ótima, alegre, desinibida, mas tem essa mania incontrolável: todos falam em cima dos outros. Não somos italianos, e sim ansiosos (nascidos e criados num país fictício chamado Ânsia).

É um costume que passa de geração para geração. Mães, pais, avós, tios, primas, todos praticam essa esquizofrenia de não permitir que ninguém termine uma fala, ninguém. A conversa é de doidos, mas as festas são animadas.

Fui incorrigível, desse mesmo jeito, por muito tempo, até que comecei a perceber o quanto a situação é desagradável para quem não faz parte da nossa árvore genealógica. Levei uns puxões de orelha das amigas, o que me salvou. Hoje, se não estou 100% curada, posso dizer que já consigo me conter um pouco.

Procuro não sair falando junto, em cima, atrapalhando o trânsito das palavras. Ouço o que o outro tem a dizer, mas ainda cometo o pecado de terminar a frase por ele. Basta que o coitado vacile na conclusão da sua argumentação, buscando uma palavra que não vem, e eu rapidamente encontro a palavra que ele procurava. Quase sempre acerto, o que não me redime. Por que raios não esperei ele próprio encerrar seu discurso? Nascida em Ânsia, num lugarejo chamado Impaciência.

Nós, os acelerados de berço, não fazemos por mal, mas precisamos nos dar conta de que duas pessoas falando juntas é a anticomunicação. Sabemos como é azucrinante ter que concluir nosso pensamento e ao mesmo tempo ouvir o que o nosso interlocutor está dizendo.

Por isso me compadeço de entrevistadores que usam um ponto eletrônico no ouvido, aquele dispositivo que permite que se receba instruções do diretor do programa. Que sufoco ouvir duas vozes ao mesmo tempo, a do entrevistado falando sobre sua obra e a do diretor avisando: “Arruma o cabelo que caiu no rosto”, “Não se esquece de perguntar sobre o escândalo do ano passado”, “Corta esse chato e chama o comercial”.

Duas vozes simultâneas: adeus, diálogo.

Faz alguns anos que prometi a mim mesma: não vou mais me atravessar. Vou aguardar minha vez. Esperar a amiga falar, o namorado concluir. Vou escutar. Vou respeitar. Quieta, deixa ele acabar. Ai, que aflição, não vou conseguir.

Putz, não me segurei. Falei em cima, de novo.
Desculpe, desculpe. Termine o que você estava dizendo.

 
Perdão_Louise Hay

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Post Jorge Bucay_Precisamos ter amantes

Precisamos ter amantes

Jorge Bucay

Psicodramatista, escritor argentino e Gestalt-terapeuta nascido em Buenos Aires em 1949 em uma família modesta no bairro da Floresta, ele se formou como médico em 1973 na Universidade de Buenos Aires, especializado em doenças mentais no serviço de ligação do hospital Pirovano, de Buenos Aires e da clínica Santa Mônica. É psicoterapeuta de casais e adultos e atualmente, seu trabalho como ajuda profissional, como ele define, é dividido entre as suas conferências de ensino terapêutico, que emite vários anos viajando pelo mundo, e da divulgação de seus livros em ferramentas terapêuticas do autor.

“Muitas pessoas têm um amante e outras gostariam de ter um.

Há também as que não têm, e as que tinham e perderam.

Geralmente, são essas últimas que vêm ao meu consultório, para me contar que estão tristes ou que apresentam sintomas típicos de insônia, apatia, pessimismo, crises de choro, dores etc.
Elas me contam que suas vidas transcorrem de forma monótona e sem perspectivas, que trabalham apenas para sobreviver e que não sabem como ocupar seu tempo livre.
Enfim, são várias as maneiras que elas encontram para dizer que estão simplesmente perdendo a esperança.

Antes de me contarem tudo isto, elas já haviam visitado outros consultórios, onde receberam as condolências de um diagnóstico firme: “Depressão”, além da inevitável receita do antidepressivo do momento.

Assim, após escutá-las atentamente, eu lhes digo que não precisam de nenhum antidepressivo; digo-lhes que precisam de um AMANTE!!!

É impressionante ver a expressão dos olhos delas ao receberem meu conselho. Há as que pensam: “Como é possível que um profissional se atreva a sugerir uma coisa dessas”?!

Há também as que, chocadas e escandalizadas, se despedem e não voltam nunca mais.

Para aquelas, porém, que decidem ficar e não fogem horrorizadas, eu explico o seguinte: “AMANTE é aquilo que nos apaixona; é o que toma conta do nosso pensamento antes de pegarmos no sono; é também aquilo que, às vezes, nos impede de dormir.

O nosso “AMANTE ” é aquilo que nos mantém distraídos em relação ao que acontece à nossa volta.
É o que nos mostra o sentido e a motivação da vida.

Às vezes encontramos o nosso ”AMANTE” em nosso parceiro.
Também podemos encontrá-lo na pesquisa científica ou na literatura, na música, na política, no esporte, no trabalho, na necessidade de transcender espiritualmente, na boa mesa, no estudo ou no prazer obsessivo do passatempo predileto…

Enfim, é “alguém” ou“algo” que nos faz“namorar a vida” e nos afasta do triste destino de ir levando.

E o que é “ir levando”?
Ir levando é ter medo de viver. É o vigiar a forma como os outros vivem, é o se deixar dominar pela pressão, perambular por consultórios médicos, tomar remédios multicoloridos, afastar-se do que é gratificante, observar decepcionado cada ruga nova que o espelho mostra, é se aborrecer com o calor ou com o frio, com a umidade, com o sol ou com a chuva.

Ir levando é adiar a possibilidade de desfrutar o hoje, fingindo se contentar com a incerta e frágil ilusão de que talvez possamos realizar algo amanhã.

Por favor, não se contente com “ir levando”…

Seja também um amante e um protagonista DA SUA VIDA!

Acredite:
O trágico não é morrer; afinal a morte tem boa memória e nunca se esqueceu de ninguém.
O trágico é desistir de viver…
Por isso, e sem mais delongas, procure algo para amar…

A psicologia, após estudar muito sobre o tema, descobriu algo transcendental:

Para estar satisfeito, ativo e sentir-se jovem e feliz é preciso namorar a vida!”

 Bouquet de Cravos & Conchavos, novembro/2012

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POST_REGRAS PARA SER HUMANO

Regras para o ser humano

Cherie Carter-Scott*

Quando você nasceu não veio com manual do proprietário.

As dicas seguintes fazem a vida funcionar melhor.

Você vai receber um corpo.

Pode amá-lo ou detestá-lo, mas é a única coisa que você com certeza possuirá até o fim da sua vida.

Você vai aprender lições.

Ao nascermos, somos imediatamente Inscritos numa escola informal chamada “Vida no Planeta Terra”. Todas as pessoas e acontecimentos são “professores universais”.

Não existem erros, apenas lições.

Crescimento é um processo de experimentação, no qual as “falhas” são tão parte do processo quanto os “sucessos”.

Uma lição é repetida até que seja aprendida.

Será apresentada a você em várias formas, até que você enfim entenda. Poderá, então, passar para a próxima lição.

Se não aprender as lições fáceis, elas se tornam difíceis.

Problemas externos são o preciso reflexo do seu estado interior.

Quando você limpa obstruções, seu mundo exterior muda.

A dor é o jeito do universo chamar a sua atenção.

Você saberá quando aprendeu uma lição quando suas ações mudarem.

Sabedoria é prática.

Um pouco de alguma coisa é melhor do que muito de nada.

“Lá” não é melhor do que “aqui”.

Quando “lá” se torna “aqui”, você vai simplesmente arranjar outro “lá”, que de novo parecerá melhor que “aqui”.

Os outros são meros espelhos de você.

Você não pode amar ou odiar alguma coisa sobre o outro a menos que reflita algo que você ama ou odeia em você mesmo.

Sua vida, só você decide.

A vida dá a tela, você faz a pintura.

Escolha as cores e pegue os pincéis.

Tome para você o comando de sua vida ou alguém o fará.

Você sempre consegue o que quer.

Seu subconsciente determina quais energias, experiências e pessoas você atrai. Assim, o único jeito certeiro de saber o que você quer é ver o que você tem. Não existem vítimas, apenas estudantes.

Não existe certo ou errado, mas existem consequências.

Dar lição de moral não ajuda. Julgar também não.

Apenas faça o melhor que puder.

Suas respostas estão dentro de você.

Crianças precisam de direção dos outros.

Quando amadurecemos, confiamos em nossos corações, onde as leis universais estão escritas.

Você sabe mais do que ouviu ou aprendeu.

Tudo que você precisa é olhar, prestar atenção, e confiar.

Você vai esquecer tudo isso.

Mas pode lembrar sempre que quiser.

[Texto do livro:”If Life is a Game These are the Rules“ de Cherie Carter-Scott]
 
 
 *Chérie Carter-Scott é empresária, conferencista internacional, consultora, formadora, escritora, orientadora de seminários e presidente do conselho de administração do Instituto MMS (Motivation Management Service Inc.), que é especializado no desenvolvimento pessoal e formação profissional.
Vive em Santa Barbara com o marido, a filha e a irmã. Tem vinte e cinco anos de experiência em palestras, consultoria de gestão, formadora e professora. É autora de quatro livros.
  
Frase texto_Cherie Carter-Scott

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